terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Tiago nasceu!!

Já fazem 13 dias que o Tiago nasceu. Como estou na correria dos cuidados de mãe deixo aqui um texto lindo que meu marido escreveu sobre o parto.

Abraços,

Melina.


Queridos amigos,

Hoje quero compartilhar uma experiência pessoal. Nesta quarta, 19, nasceu nosso segundo filho, o Tiago. Como no primeiro, foi uma experiência inesquecível, incomparável e emocionante. Vê-lo saindo à luz, depois de toda perseverança de um parto normal, depois de todo esforço da Mel e dele, depois de toda a dor (quase 9 horas de trabalho de parto), foi fantástico. Mamãe e bebê ótimos!!

É incrível isso, parece até um paradoxo. Segundos antes do nascimento, dores quase insuportáveis, tensão, sofrimento, nervosismo, angústia. No instante em que nasce a criança, uma alegria, um regozijo e choro (dessa vez de contentamento). E Deus é assim querido, trabalha com paradoxos mesmo. Antes da luz do dia, vem a angústia de uma noite sem lua. Antes da ressureição, houve morte

Temos que entender que não há nascimento sem dor, sem angústia. Nada que vem à luz através da conveniência, muito menos por meio do conforto. Para a mulher dar à luz um filho, ela precisa estar disposta a sofrer os impactos inerentes do processo. A barriga cresce, o desconforto e a indisposição também. Mas é tremendo ver todas as dores, toda a angústia e toda a tensão indo embora como num passo de mágica, quando a criança nasce. Isso é didático, é pedagógico para a nossa própria vida.

Para usufruirmos dos nascimentos, das vitórias, das conquistas é preciso muito esforço, muita perseverança. Quando vem a dor, parece que começamos a desanimar, as coisas começam a ficar confusas, afinal parece que dor não combina com vida, com nascimento. Mas é exatamente nesse ponto que Deus quer nos ensinar. E, se formos inteligentes espiritualmente, saberemos que toda angústia, toda dor, toda tensão tem hora para acabar. E ela acaba quando finalmente parimos nossos filhos, trazemos à luz nossos frutos.

A vitória é garantida, a promessa está adiante de nós, acessível. A questão é que nossos joelhos ficam trôpegos, as pernas vacilantes e a mente confusa - e então paramos pelo caminho, damos alguma volta, fazemos um desvio, pra ver se a tão indesejada dor passa. Assim começamos a nos distanciar da promessa, daquilo que Deus preparou para nossa vida. E assim a vitória do Pai na nossa vida, vai ficando cada vez mais distante de nós, até o ponto da nossa mente e do nosso coração não levar mais em conta o que isso representa. Nossa conclusão, via de regra, é: "não compensa essa angústia toda, eu não preciso passar por isso, eu não mereço todo esse sofrimento".

Os nossos olhos ficam míopes, e passamos a enxergar somente aquilo que está perto de nós. Temos vista apenas para ver o nosso cansaço, o nosso desgaste, a nossa tristeza. Perdemos o privilégio de viver o hoje, mas também com os olhos na promessa, na vitória, tendo a certeza de que algo incomparável, emocionante e sobrenatural nos aguarda.

Escrevo isso, para nos lembrarmos de que as dores fazem parte do processo e a angústia - não a ansiedade - por algum momento nos acompanha. Isso não quer dizer que tenha alguma coisa errada, mas faz parte de um processo de ensino. Ensino de Deus, com Deus e para Deus. Aí poderemos dizer: "Antes conhecia a Deus de ouvir falar, hoje meus olhos te veem."

Naquele que nos deu uma criança maravilhosa e nos ensinou muito,
Júnior